O ciclo de quatro anos impulsionado pela redução pela metade do BTC é há muito tempo a pedra angular do comportamento do mercado do Bitcoin. Historicamente, o Bitcoin aderiu a esse ciclo com pontos de pico em dezembro de 2013, dezembro de 2017 e novembro de 2021. Em cada um desses ciclos, o Bitcoin seguiu um padrão rigoroso de quatro anos, com halvings ocorrendo aproximadamente a cada 500 dias antes de picos e baixas significativas do mercado.
No entanto, recentemente, alguns especialistas do setor começaram a questionar se esse ciclo ainda se mantém. Como o preço do Bitcoin caiu recentemente para US$ 52.000, surgiram preocupações sobre a confiabilidade do ciclo.
Os principais argumentos incluem:
- Máximas históricas antes de cair pela metade: A redução pela metade desse ciclo ocorreu depois que o Bitcoin já havia ultrapassado seus máximos históricos anteriores. Historicamente, o Bitcoin atingiu novos máximos somente após o evento de redução pela metade.
- Desempenho pós-cobertura: Neste ciclo, o desempenho do Bitcoin ficou abaixo do esperado nos quatro meses seguintes à redução pela metade, um desvio em relação aos ciclos anteriores.
- Diminuição do impacto pela metade: O efeito da redução pela metade parece ter se enfraquecido com o tempo.
- Fatores externos crescentes: Os eventos macroeconômicos e as influências externas cresceram em importância, ofuscando o impacto dos halvings.
Apesar desses argumentos, há razões para acreditar que o ciclo de quatro anos continua válido:
- Padrões históricos: Mesmo durante interrupções notáveis, como o “519 Crash” e o boom do NFT, o Bitcoin aderiu ao ciclo de quatro anos. O “519 Crash” em 2021 não descarrilou o ciclo, pois o Bitcoin atingiu novos máximos novamente em novembro.
- Duração do Bear Market: O padrão de um ano de mercado de baixa pós-ciclo permanece consistente. O ponto mais baixo desse ciclo ocorreu exatamente um ano após o pico anterior.
- Reduzindo pela metade a consistência do tempo: O padrão de cerca de 500 dias entre as metades e os picos ou quedas do mercado se manteve verdadeiro nos últimos cinco ciclos.
Por exemplo:
- A primeira redução pela metade, em 28 de novembro de 2012, fez com que o mercado em alta terminasse em 5 de dezembro de 2013.
- A segunda redução pela metade, em 9 de julho de 2016, levou o mercado em alta a atingir o pico em dezembro de 2017, com uma baixa de 547 dias antes da redução pela metade e 518 dias até o pico.
- A terceira redução pela metade, em 11 de maio de 2020, viu o pico do mercado em alta em novembro de 2021, com uma baixa de 517 dias antes e um pico de 549 dias após a redução pela metade.
- O ciclo atual, com a próxima redução pela metade em abril de 2024, registrou o ponto mais baixo do Bitcoin 517 dias antes.
A redução do Bitcoin pela metade continua a dominar o ciclo das criptomoedas, com fatores externos muitas vezes reagindo ao ciclo interno de redução pela metade, em vez de impulsioná-lo. Embora o impacto de fatores externos, como aprovações de ETFs, tenha causado desvios, o ciclo central de redução à metade ainda desempenha um papel fundamental.
Olhando para o futuro, se o ciclo de quatro anos permanecer válido, poderá ocorrer o seguinte:
- Tempo de pico: o Bitcoin pode atingir seu recorde histórico por volta de dezembro de 2025, seguindo o padrão dos ciclos anteriores.
- Previsão de preços: O preço mais baixo no pico pode estar em torno de US$ 110.000, com base em dados históricos.
- Narrativas emergentes: As principais narrativas deste ciclo podem ainda não ter surgido completamente, da mesma forma que os NFTs só ganharam força significativa perto do pico do ciclo anterior.
Em resumo, embora os desvios e os fatores externos tenham influenciado o desempenho do Bitcoin, o ciclo de quatro anos de redução pela metade continua sendo uma estrutura crucial para entender o comportamento do mercado do Bitcoin.